quinta-feira, 12 de junho de 2008

EXPRESSÃO CULTURAL NO ALTO JOSÉ DO PINHO - Não é POUCA não, viu!!




POR

FERNANDO CHAGAS
INGRID PEREIRA
1M-2008.1

PSF: CONTRADIÇÕES E NOVOS DESAFIOS!

Há uma caráter prescritivo, bastante exacerbado, no PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. São definidas a priori os locais de atendimento: unidade básica para pacientes vulneráveis, visitas domiciliares para outros atendimentos e grupos na comunidade. Da mesma forma existe uma lista das atividades que devem ser realizadas pela equipe. Pode-se dizer, portanto, que no PSF existe uma confusão entre o que é ferramenta para diagnóstico e intervenção, e o que é resultado em saúde. Os resultados desejados são anunciados (85% dos problemas de saúde resolvidos, vínculo dos profissionais com a comunidade, etc...) e infere-se que seguindo a prescrição altamente detalhada obter-se-á o resultado anunciado. Não é muito diferente do modelo atual que infere que consultas e exames são equivalentes a soluções para os problemas de saúde.

Diante disso, na vida real dos serviços que aderem ao PSF, cabem três tipos de ações dos profissionais da equipe: ignorar as prescrições, e manter a lógica atual (as diversas planilhas podem ser preenchidas de forma "criativa"); aceitar as prescrições, recapitulando os objetivos, mas mantendo o compromisso principal do serviço de saúde, não com os usuários, mas sim com novos procedimentos; e finalmente a equipe pode ignorar parcialmente as prescrições e dedicar-se criativamente a intervir na vida da comunidade em direção a melhoria de suas condições de vida. Esta possibilidade é mais remota, porque significa trabalhar com a consciência de que nenhuma ferramenta (apesar das promessas do PSF), pode dar conta de tudo, embora todas sejam necessárias. Reconhecer a insuficiência das prescrições e das receitas, não é tarefa simples. Um processo de trabalho, prescritivo a nível central, não contribui para este movimento dentro da equipe. A solidariedade interna da equipe, a sinergia das diversas competências, pré-requisitos para o desafio desta equipe, fica desestimulada pelo detalhamento das funções de cada profissional. Trabalhar com este limite e com a necessidade de inventar abordagens a cada caso, exige um ‘luto’ da onipotência de cada profissional, para que seja possível o trabalho em equipe, e some-se as competências e a criatividade de cada membro da equipe. O PSF, com seu caráter prescritivo, não contribui para a superação deste problema, e pode propiciar aos profissionais assumirem a atitude que predominantemente assumem hoje: isolar-se em seus núcleos de competência.

Aqui entra uma questão central, o fato de que enquanto os trabalhadores não construírem uma interação entre si, trocando conhecimentos e articulando um "campo de produção do cuidado" que é comum à maioria dos trabalhadores, não pode dizer que há trabalho em equipe. O aprisionamento de cada um em seu "núcleo específico" de saberes e práticas, aprisiona o processo de trabalho as estruturas rígidas do conhecimento técnico-estruturado, tornando-o trabalho morto dependente. Ao contrário, o "campo de competência" ou "campo do cuidado", além da interação, abre a possibilidade de cada um usar todo seu potencial criativo e criador na relação com o usuário, para juntos realizarem a produção do cuidado.

Para remodelar a assistência à saúde, o PSF deve modificar os processos de trabalho, fazendo-os operar de forma "tecnologias leves dependentes", mesmo que para a produção do cuidado sejam necessários o uso das outras tecnologias. Portanto, pode-se concluir que a implantação do PSF por si só não significa que o modelo assistencial esteja sendo modificado. Podem haver PSF’s médico centrados assim como outros usuário centrados, isso vai depender de conseguir reciclar a forma de produzir o cuidado em saúde, as quais foram discutidas neste trabalho e dizem respeito aos diversos modos de agir dos profissionais em relação entre si e com os usuários.

A adesão ou a rejeição ao Programa de Saúde da Família, deve considerar que da forma como o PSF está estruturado pelo Ministério da Saúde, não lhe dá a possibilidade de se tornar de fato um dispositivo para a mudança, como é o objetivo do PSF, de acordo com o MS. Toda a discussão realizada aqui, indica que o Programa precisa se reciclar para incorporar potência transformadora ou melhor, assumindo uma configuração diferente.


Por

EVELYN SOARES

FABIANA RIBEIRO

1M-2008.1

Thousands hit by Brazil outbreak of dengue - MILHARES ATINGIDOS PELO SURTO DE DENGUE NO BRASIL

A EPIDEMIA DE DENGUE NO BRASIL VEM CHAMANDO ATENÇÃO NO MUNDO TODO. O JORNAL AMERICANO, CNN, UM DOS MAIS FAMOSOS E ASSISTIDOS DO MUNDO, PUBLICOU A SEGUINTE REPORTAGEM NO DIA 12 DE ABRIL DE 2008.

(CNN) -- More than 55,000 cases of dengue, a sometimes deadly mosquito-borne disease, have been reported in a southeastern Brazilian state in the past four months, authorities said Thursday.

The disease has killed 67 people this year in Brazil's Rio de Janeiro state, the state's ministry of health reported. Slightly less than half of the deaths were children under the age of 13, the ministry said.

Brazilian authorities are calling the situation an epidemic.

The ministry of health did not identify whether the deaths were attributed to the more severe form of dengue, dengue hemorrhagic fever, which "can be fatal if unrecognized and not properly treated," the Centers for Disease Control and Prevention said.

The CDC said that with treatment, fatalities due to dengue hemorrhagic fever, which is characterized by abnormal internal or external bleeding, can be less than 1 percent.

Dengue fever, the more common form of dengue, is caused by four closely related viruses. All of them are carried by infected mosquitoes, mainly the Aedes Aegypti mosquito, the CDC said. Video Watch a report on the outbreak »

It cannot be spread from person to person.

The Rio de Janeiro health ministry said 513 of its 57,010 cases of dengue were that of dengue hemorrhagic fever.

Rio de Janeiro Mayor Cesar Maia said that patients from outside the city are flooding the municipal hospital and that there aren't enough beds to accommodate them, Brazilian newspaper O Globo reported.

The newspaper said the average hospital waits ranged from eight to 28 hours in some places.

One father told O Globo, "I am just watching my son die slowly as we knock on different hospital doors."

The state's secretary of health, Sergio Luiz Cortes da Silveira, acknowledged, "We don't have enough hospitals for these patients." He said the state was appealing for help from pediatricians elsewhere in the country. Video Watch ill Brazilians being cared for »

Earlier this week, the country's health minister, Jose Gomes Temporao, said that 2,000 people, including members of the Ministry of Health and the military, were working to combat the Aedes Aegypti mosquito, the government reported on its Web site.

At least part of this work, he said, included going door-to-door to inform people of where the mosquitos live. "Without the mosquito, dengue does not exist," he said, according to the government.

The CDC estimates that there are 10 million cases of dengue around the world each year. "It actually is quite common," said Dr. Ali Khan of the CDC. Video Watch Khan discuss dengue and its prevention »

Mosquitoes carrying dengue viruses breed in stored, exposed water, including places as shallow as jars, discarded bottles and plant saucers, according to the World Health Organization.

Khan emphasized prevention. "Wear long sleeves, loose, baggy pants and make sure you're using good insect repellent."

Symptoms of dengue fever include high fever, severe headache, backache, joint pains and eye pain, nausea, vomiting and a rash, according to the CDC.

There is no vaccine to prevent dengue fever or dengue hemorrhagic fever, the CDC said.

Por:
EDVALDO ALFREDO
GILMARA JÉSSICA
DYEGO BEZERRA

AÇÃO COMUNITÁRIA NA ESCOLA MUNICIPAL DO ALTO JOSÉ DO PINHO



AÇÃO COMUNITÁRIA NA ESCOLA SANTA MARIA – ALTO JOSÉ DO PINHO

COMBATE À DENGUE

Hoje, quinta-feira, 12 de junho de 2008, nós, alunos do primeiro período da FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE PERNAMBUCO, tivemos a grande oportunidade de passar alguns momentos com crianças que estudam da primeira à quarta série do ensino fundamental na Escola Municipal SANTA MARIA – ALTO JOSÉ DO PINHO.

Devido à rápida evolução e disseminação do vírus da dengue, achamos de extrema necessidade fazermos uma campanha direcionada às crianças, pois elas, quando engajadas em algum projeto – ou como elas dizem: quando acham um trabalho MASSA – atuam de maneira bastante eficaz na ajuda ao combate da dengue – no caso – pois repassam as informações aprendidas aos pais, aos vizinhos, aos próprios “coleguinhas” e cobram a sua efetivação. Foi a partir dessa premissa que resolvemos fazer essa campanha às crianças.

Assim, com a ajuda do perceptor AUGUSTO e da residente FERNANDA, resolvemos ensinar às crianças como se faz uma “MOSQUITECA”, pois é fácil, rápido, prático de fazer e é uma atividade que geralmente crianças gostam de realizar, pois elas ajudarão no combate à dengue “brincando”.

A invenção – a mosquiteca – é de um professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Maulori Cabral, em parceria com biólogos da Fiocruz. Foi testado por eles e realmente funciona!

As crianças ficaram bastante atentas durante a explicação da confecção da mosquiteca e se mostraram muito interessadas, fazendo perguntas e entendendo(por suas atitudes) o que era mostrado, confirmando assim nossa premissa acima citada! E portanto, esperamos que elas repassem o que aprenderam para seus familiares e amigos.

Aqui está o passo-a-passo da confecção da mosquiteca:

1) Pegue uma garrafa Pet de 1 litro e meio ou mais. Corte a parte superior para fazer uma espécie de funil.

mosquiteca1amosquiteca1a


2) Corte cerca de 10 centímetros da Pet, parte da base da garrafa.

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3) Lixe a parte interna do pedaço parecido a um funil. Pode ser utilizada uma lixa para madeira - granulação 60, 100 ou 120. O objetivo é deixar a superfície interna bem áspera em toda a sua extensão.

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4) Utilizando o "anel", parte da tampa da própria garrafa, faça um fechamento com um pedacinho de tela dobrado. Não serve o tule de véu de noiva, pois o buraco é grande o suficiente para que o mosquito passe.

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5) Coloque cinco grãos de arroz ou de alpiste amassados, ou ainda ração para gatos dento da parte inferior da garrafa Pet.

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6) Sele as duas partes com fita isolante.

mosquiteca6


7) Viva! Está pronta a armadilha para a fêmea do mosquito transmissor da dengue.

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Como funciona?
Encha com água limpa até cerca de 3 centímetros da borda do funil.
Complete a água à medida que ela for evaporando.
Coloque a armadilha no quintal ou onde ficam os mosquitos.
É necessário ser um local sombreado, pois as fêmeas do mosquito não gostam de sol.
A fêmea do mosquito verifica onde está havendo evaporação da água para colocar os seus ovos.

Os grãos de arroz ou alpiste amassados são importantes porque a fêmea só põe ovos onde ela identifica que a água possui alimento para as larvas. Até “os mosquitos” têm instinto materno.

Os ovos descerão pelos buracos da tela e ficarão na parte inferior do recipiente.
A tela serve de elemento de ligação entre as duas partes e não permite que as larvas passem para a parte superior do recipiente. A presença da barreira de tela é muito importante. Mas se ela estiver rasgada ou destruída, em vez de um armadilha para o mosquito, você estará fornecendo um criatório para ele.

Periodicamente, esvazie a parte inferior e mate as larvas com cloro. Verifique se está tudo ok com a tela e encha novamente a armadilha com água. Verifique a sua armadilha todos os dias.


CONCLUINDO, ESSA ATIVIDADE FOI BASTANTE PRODUTIVA E ACREDITAMOS QUE ENGAJANDO AS CRIANÇAS DESTA MANEIRA, NUMA ATIVIDADE QUE ELAS GOSTEM DE FAZER AJUDARÁ, E MUITO, NO NOSSO COMBATE À DENGUE!


POR

EDVALDO ALFREDO E

EMANUELA GALVÃO

DONA DETINHA: A VITÓRIA DE UMA LUTADORA EM PROL DE TODOS


FOTO COM DONA DETINHA EM FRENTE DA USF IRMÃ DENIZE -ALTO JOSÉ DO PINHO!
ALUNOS DA COMUNIDADE ALTO JOSÉ DO PINHO:
EDVALDO ALFREDO DA SILVA JÚNIOR, EMANUELA GALVÃO, FABIANA RIBEIRO, DYEGO BEZERRA, EVELYN SOARES, FERNANDO CHAGAS, INGRID PEREIRA, ISAAC ESMERALDO, GILMARA JÉSSICA, ELDER CARVALHO E GABRIELE RABELO
1M 2008.1

GUABIRABA - TRABALHO DE PROMOÇAO NA CRECHE



Artigo 196. – A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO.


O dever do Estado não exclui o das pessoas, da faília, das empresas e da sociedade!

O grupo da guabiraba começou fazendo sua parte na rádio São Miguel realizando uma entrevista sobre a Dengue e alertando a população local sobre o que cada um pode fazer para evitar a proliferação do mosquito e orientando a todos sobre o que fazer ao sentir os primeiros sintomas.

Hoje a equipe visitou a creche do bairro e realizou atividades educativas e de promoção ensinando as crianças a lavar corretamente as mãos, tomar banho, escovar os dentes, evitar a transmiçao do piolho e de vermes. As crianças com idade de 4 anos aprenderam direitinho a liçao e ficaram bastante felizes com a nossa visita.
As vezes um pouco de atençao e carinho pode curar e evitar muitas doenças!!
Esperamos ter ajudado!
Faça também a sua parte!!!

Alunos: Antônio Carlos Britto ; Antônio Carlos Souza; Antônio de Pádua; Bárbara Barros; Bruna Brasil; Camila Andrade ; Camila Martins ; Camila Miranda ; Cecília Andrade; Cecília Martins ; Débora Passos ; Diogo César
Preceptor: Prof. Alexandre Beltrão
AS ATIVIDADES REALIZADAS NO PSF DA GUABIRABA TROUXE UMA NOVA VISÃO DO REAL ESTADO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE. PERCEBO QUE, APESAR DAS DIFICULDADES, É UM SISTEMA QUE ESTÁ TENTANDO UMA MELHORIA NO NOSSO ATENDIMENTO PÚBLICO. O CONTATO COM AS FAMÍLIAS TRAZ UMA REALIDADE, QUE ATÉ ENTÃO, FICAVA MEIO QUE..."DESPERCEBIDA". O OLHAR ATENTO, OS GESTOS DE AGRADECIMENTO, A SATISFAÇÃO DE ESTAR APRENDENDO COM ELES E AO MESMO TEMPO TRANSMITINDO-LHES UM POUCO DO QUE SEI, A ALEGRIA DAS CRIANÇAS DA CRECHE EM QUE FIZEMOS UM TRABALHO EDUCATIVO SOBRE HIGIENE SÃO INDISCRITÍVEIS. SINTO, AO FINAL DO APS1, A SENSAÇÃO DE ESTAR UM POUCO MAIS PERTO DO EXERCÍCIO DA MEDICINA, ENTRETANTO, TEMOS AINDA MUITO O QUE APRENDER!
OBS: A POSTAGEM "DENGUE PODE ESTAR MAIS AGRESSIVA EM PERNAMBUCO" FOI POSTADO POR BÁRBARA 1M 2008.1.
BÁRBARA 1M 2008.1
Dengue pode estar mais agressiva em Pernambuco
GIOVANA GIRARDIColaboração para a Folha de S.Paulo

A idéia de que a dengue é uma doença preocupante apenas a partir da segunda infecção pode cair por terra. Pesquisadores de Recife descobriram que metade dos pacientes que apresentaram dengue hemorrágica entre 2004 e 2005 adquiriram a variante mais grave da moléstia já na primeira infecção. O estudo lança a suspeita de que o vírus da doença possa estar se tornando mais virulento.
Médicos e epidemiologistas normalmente trabalham com a idéia de que a dengue hemorrágica só tem chance de aparecer após a segunda infecção, porque os anticorpos que lutaram contra a doença da primeira vez acabam potencializando a ação do vírus na segunda.
Os sintomas mais graves, que podem inclusive levar à morte, até podem ocorrer na primeira infecção, mas só em pacientes com condições genéticas raras ou se, por algum motivo, a pessoa infectada está com o sistema imunológico debilitado. Mesmo assim, são poucos os casos. Mais de 90%, de acordo com a literatura científica, ocorrem após a segunda infecção.
O estudo feito no Recife considerou uma amostragem de 211 pacientes --recrutados em três hospitais da cidade-- que tiveram dengue entre 2004 a 2005. Destes, 30 apresentaram dengue hemorrágica, sendo 16 em primeira infecção. Ou seja, 53% dos casos. A partir desse recorte, a equipe estimou os resultados para toda a população da cidade. Os dados estarão no "American Journal of Tropical Medicine and Hygiene".
"É possível que a explicação para isso seja uma maior patogenicidade do vírus, mas pode ser também que a população daqui tenha alguma característica genética que possibilite isso. De qualquer modo, precisamos de mais estudos não só aqui como em outras regiões do país", afirma Carlos Brito, pesquisador do Departamento de Virologia da unidade da Fiocruz no Recife que liderou a pesquisa.
Brito lembra que um outro levantamento feito no Rio, em 2002, já mostrou resultados semelhantes. Realizado com pessoas que morreram por dengue hemorrágica, o estudo indicou que 52% delas tinham apresentado a variante durante a primeira infecção.
Mudança de parâmetros
Para o médico, se a suspeita gerada por seu estudo for confirmada, ela pode mudar toda a forma de lidar com a doença. "Hoje raciocinamos a dengue por conta da resposta imune que ela causa na segunda infecção. Se o vírus realmente estiver causando sintomas mais graves logo na primeira infecção, teremos de reavaliar os mecanismos dos vírus", diz.
Isso aumenta, inclusive, a necessidade de identificar mais rapidamente que o paciente pode ter a dengue hemorrágica. Nos primeiros dias de infecção, os sintomas das duas variantes da dengue são bastante similares. Quando eles se diferenciam, lá pelo quinto dia, o paciente já está debilitado, e aumenta o risco de morte.
O virologista Paulo Zanotto, da Rede de Diversidade Genética de Vírus, também concorda que existe a possibilidade de o patógeno da dengue estar se tornando mais agressivo.
Ele não participou do estudo da Fiocruz, mas vem avaliando a evolução da dengue há alguns anos. "Ao pensarmos em um cenário em que há uma competição entre as linhagens do vírus, como é o que vemos hoje, é plausível, sim, que eles se tornem mais virulentos. Os dados de Recife pedem atenção", afirma Zanotto.
Mas ele pondera que para confirmar é preciso analisar a evolução do vírus, de modo a mapear a expansão da doença e identificar exatamente quem está por trás disso.
A equipe de Zanotto desenvolveu uma tecnologia que poderia ajudar a responder essa pergunta. A metodologia, em fase piloto, está sendo testada em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e promete o monitoramento da epidemia em tempo real.

Projeto de Educação em Saúde em Peixinhos


Com teatro e gincana, o grupo de Peixinhos trabalhou junto com a população a temática do lixo e a necessidade de descartá-lo de maneira correta a fim de evitar doenças e outras complicações trazidas pela má administração do lixo.


Isabella Cardoso, Jadilane Queila, Jennifer Lopes, Juliana Cavalcanti, Kate Millena, Lara Capiberibe, Larissa Ventura, Lina Machado, Luiz Ferreira, Magno Camelo, Maíra Poncell


quarta-feira, 11 de junho de 2008

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA ESCOLA


PROMOÇÃO DA SAÚDE

A promoção da saúde permite que as pessoas adquiram maior controle sobre sua
própria qualidade de vida. Através da adoção de hábitos saudáveis não só os indivíduos mas
também suas famílias e comunidade se apoderam de um bem, um direito e um recurso
aplicável à vida cotidiana.
Baseado nesse conceito de integração entre grupos de indivíduos, a Organização Mundial
da Saúde (1997) define que uma das melhores formas de promover a saúde é através da
escola. Isso porque, a escola é um espaço social onde muitas pessoas convivem, aprendem e
trabalham, onde os estudantes e os professores passam a maior parte de seu tempo. Além
disso, é na escola onde os programas de educação e saúde podem ter sua maior repercussão,
beneficiando os alunos na infância e na adolescência. Nesse sentido, os professores e todos
os demais profissionais devem tornam-se exemplos positivos para os alunos, suas famílias e
para a comunidade na qual estão inseridos.


ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ATRAVÉS DA ESCOLA

A alimentação equilibrada e balanceada é um dos fatores fundamentais para o bom
desenvolvimento físico, psíquico e social das crianças. A alimentação de todos os indivíduos
deve obedecer as “Leis da Nutrição” descritas por Pedro Escudero. Segundo essas leis, devese
observar a qualidade e a quantidade dos alimentos nas refeições e, além disso, a harmonia
entre eles e sua adequação nutricional. Uma alimentação que não cumpra essas leis pode
resultar, por exemplo, em aumento de peso e/ou deficiências de vitaminas e minerais(Silva,
1998).
Para fortalecer o vínculo positivo entre a educação e a saúde, devemos promover um
ambiente saudável melhorando a educação e o potencial de aprendizagem ao mesmo tempo
que promovemos a saúde(Ministério da Saúde,1999). Do conjunto de temas que podem
compor esse ambiente promotor, a alimentação tem papel de destaque, pois permite que a
criança traga as suas experiências particulares e exercite uma experiência concreta.
A formação e a adoção dos hábitos saudáveis deve ser estimulada na infância, pois é
durante os primeiros anos de vida que são formados os hábitos, por exemplo, alimentares e
de atividade física.


Como ajudar a criança com excesso de peso


Para saber se a criança está com o peso saudável, os pais ou responsáveis devem leválo
a um profissional de saúde, como o nutricionista. Esse profissional determinará a adequação
do peso a partir do peso, da altura e da idade da criança.
Para a criança com excesso de peso, algumas mudanças na vida familiar devem ser feitas.
Nesse âmbito, é muito importante que os pais ou responsáveis lembrem-se que a criança
pode estar sofrendo com a sua imagem corporal; não se esqueçam de mostrar para criança
que ela é muito querida. Não excluam essa criança das atividades da família. Vai ser importante
trabalhar bem o conceito de saúde com essa criança, além de fazer com que ela se
sinta bem com ela mesma.
O papel da família será decisivo. A mudança de hábitos alimentares aliada a um aumento
da atividade física são as melhores estratégias para melhoria da saúde da criança e adequação
do seu peso, lembrando que essas mudanças deverão partir e serem incorporadas por
toda a família. Os pais são os modelos das crianças, por isso devem melhorar os seus hábitos
alimentares e se tornarem mais ativos, diminuindo o tempo que passam sedentários com a
família, como assistindo televisão. Para que essas mudanças passem a ser atraentes para as
crianças, deve-se mostrar que a atividade física é divertida e os hábitos alimentares saudáveis
incluem alimentos gostosos.
A família pode planejar atividades que coloquem todos em movimento juntos, como
caminhar em um parque ou andar de bicicleta. Não esqueça que a criança pode se sentir
desconfortável com algumas atividades, por falta de condicionamento físico ou por vergonha.
Seja sensível e delicado com as necessidades da criança.
As crianças não devem fazer dietas restritivas para perder peso, nem devem ser proibidas
de comer doces e os outros alimentos que todas as crianças comem. A criança deve ser
encorajada a comer devagar, com toda a família reunida, além de participar da compra e
preparo dos alimentos. As refeições devem ser momentos de prazer.



ISAAC ESMERALDAAA
1M 2008.1

Brasil supera meta de vacinação contra a gripe



MINISTÉRIO DA SAÚDE- 11/06/2008

O Brasil superou a meta de vacinação contra a gripe. Este ano, 13,8 milhões de pessoas com 60 anos ou mais foram vacinadas contra a gripe, perfazendo um percentual de 85,53% de cobertura. O balanço foi apresentado hoje (11/06) pelo secretário de Vigilância em saúde, Gerson Penna, em Brasília.

"Os resultados obtidos pelos estados e municípios foram excelentes e superaram as expectativas. Isso indica que a população da terceira idade confia e adere à estratégia adotada pelo governo para a prevenção de casos e óbitos por gripe", assinala o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

Os dados mostram que todas as regiões do país tiveram percentual de cobertura igual ou superior aos 80% estabelecidos.

Impacto - Estudos nacionais e internacionais mostram que a vacina contra influenza reduz mais de 50% das doenças relacionadas à gripe nos idosos vacinados e, no mínimo, 32% das hospitalizações por pneumonias. Além disso, estudos apontam que há queda de pelos menos 31% das mortes hospitalares por pneumonia e influenza (gripe) e de cerca de 50% das mortes hospitalares relacionadas às doenças respiratórias. Quanto aos óbitos entre idosos, por diversas causas, o percentual de queda varia entre 27% e 30%.


GABRIELLE RABELO - 1M 2008.1

Aumento de casos de dengue preocupa cardiologistas

Coração
Médicos temem que uso de anticoagulantes possa agravar dengue hemorrágica
Os riscos da dengue hemorrágica para o coração e especialmente para as pessoas que já sofrem de problemas cardíacos entraram, pela primeira vez, na pauta do 62º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que começa nesta sexta-feira em São Paulo.

A maior preocupação dos cardiologistas diz respeito às pessoas que sofrem de problemas cardíacos e tomam medicamentos anticoagulantes e antiagregantes para controlá-los. Essas substâncias, que tornam o sangue “mais fino”, poderiam agravar a hemorragia causada pela doença.

“À medida que as pessoas vão ficando mais acometidas, entre elas há pessoas cardíacas que tomam anticoagulantes e que podem na vigência da dengue hemorrágica ter o vírus agravado”, afirma o diretor-científico do Congresso, Dário Sobral.

“Temos muito pacientes tomando aspirinas (ácido acetilsalicílico), pelo caráter preventivo, porque diminui o risco (de tromboses) para pessoas com doenças vasculares, e coronárias principalmente”, explica Sobral. “Mas no caso da dengue hemorrágica (a aspirina) pode agravar a hemorragia, e criar um quadro com muito mais risco, às vezes com risco de vida.”

Outro medicamento bastante usado por pacientes cardíacos que poderiam agravar a hemorragia é o clopidogrel, "três vezes mais forte do que a aspirina", segundo Sobral.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 438.949 casos de dengue nos sete primeiros meses deste ano, "o que representa aumento de 45,13% em relação ao mesmo período de 2006".

Sintomas

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. Os sintomas mais comuns, que costumam aparecer três dias após a picada, são febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos.

A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença porque além dos sintomas da dengue clássica, pode causar sangramento, e, em casos mais graves, levar à morte.

Segundo o diretor científico do Congresso, a recomendação de suspender anticoagulantes tem base empírica, mas o objetivo das discussões dos próximos dias é justamente estabelecer uma rotina para que os médicos saibam como orientar os seus pacientes em caso de suspeita de dengue.

“Agora não existe estabelecida uma rotina, quando deve iniciar (a suspensão de anticoagulantes), quando deve parar.”

Mais acostumados com a doença, os cardiologistas das regiões Norte e Nordeste já determinam a suspensão dos anticoagulantes quando há suspeita “clínica” de dengue, mas, segundo Sobral, a orientação nem sempre é seguida pelos seus colegas do Sul e do Sudeste, menos “familiarizados” com a doença.

O maior aumento dos casos ocorre justamente no Sudeste, especialmente em São Paulo, onde foram notificados mais de 60 mil casos apenas neste ano.

Para Sobral, a recomendação deve ser feita aos pacientes ainda na fase da suspeita clínica – sintomas como dor de cabeça acompanhada de febre – já que o diagnóstico laboratorial pode levar dez dias para sair.

Mesmo pessoas que não sofrem de problemas cardíacos deveriam, segundo ele, suspender os anticoagulantes em caso de suspeita de febre hemorrágica.

“Se a dor de cabeça for acompanhada de febre, atualmente com essa epidemia, tem de pensar em dengue e procurar alternativas com outros analgésicos, como dipirona e paracetamol”, recomenda Dário Sobral.

Além dos riscos da dengue hemorrágica para pacientes cardíacos, os cardiologistas deverão discutir os perigos da doença para o coração.

Segundo Sobral, já foram observados casos “isolados” de miocardite (inflamação do miocárdio) e arritmia cardíaca desenvolvidos em decorrência da dengue.



ELDER CARVALHO

1M - 2008.1




Dentre tantas outras coisas, a que mais nos chamou atenção no Córrego do Jenipapo foi a dedicação, a boa vontade e o otimismo dos profissionais de saúde do PSF local. E esse post é basicamente uma homenagem de um exemplo que deveria ser seguido por todos os profissionais, principalmente aqueles que trabalham diretamente com pessoas.
Apesar de o espaço limitado do PSF, de ter que dividir salas na hora de atender pacientes, da superlotação do posto, em nenhum momento percebemos falta de interesse, ou descaso de nenhum desses profissionais. Pelo contrário, eles inclusive conseguem programar-se para nos acompanhar e orientar todas as quintas feiras pela manhã. Percebe-se quem têm realmente amor pelo que fazem, haja vista que para todas as apresentações realizadas na UPE sobre o nosso trabalho no Córrego, eles vieram assistir.
É notável também a relação que eles têm com os moradores. Tudo acontece de uma maneira bem natural e as visitas se procedem da melhor forma possível, na qual boa parte dos moradores acaba tendo uma relação amigável com os visitantes, o que acaba facilitando, de certa forma, o colhimento de informações sobre a família e criando verdadeiros laços de amizade entre eles.
O segredo esteja talvez na união desses profissionais, onde não se percebe a tradicional “hierarquia” entre os profissionais de saúde. Lá eles trabalham em conjunto, sendo todos parte de um grupo que trabalha com o mesmo objetivo: fornecer saúde e qualidade de vida para a comunidade.
Dessa forma, o trabalho é realizado garantindo a satisfação de toda a comunidade e também dos profissionais de saúde, estes fornecendo as informações necessárias à população, de maneira a permitir que os moradores do Córrego do Jenipapo e de todas as outras comunidades tenham as melhores condições de saúde que se possam receber.
Por: Grupo do Córrego do Jenipapo.

Crianças e adolescentes do Córrego do Jenipapo fazem campanha contra a dengue.







A caminhada, que reuniu todos os colégios do bairro e os integrantes do posto de saúde local, foi realizada no dia 08 de maio com o intuito de conscientizar a população da necessidade do combate ao mosquito vetor da dengue. Os estudantes confeccionaram faixas, panfletos e músicas e saíram em caminhada pelas ruas do Córrego do Jenipapo convidando todos os moradores a participarem também da brigada contra a Dengue.



E eles cantavam a paródia de “beber, cair e levantar”...



Vamos embora, limpar
Pra dengue não proliferar Bis
Mosquito chato, ta na zoeira
só gosta mesmo de quem faz sujeira
Quem limpa tudo o bichinho não quer
Vai embora e até chama de Mané

Se você não limpar e nem ligara
doença vai te pegar
no hospital você vai parar

Mas se você fizer a sua parte
com o mosquito a gente vai acabar bá bá

Eliane ( Aluna no Córrego do Jenipapo)


Postado por todos os alunos da equipe do Córrego do Jenipapo

terça-feira, 10 de junho de 2008

Doenças características das diferentes comunidades

Cada comunidade apresenta um processo saúde-doença bem característico; uma vez que as patologias mais freqüentes dependem dos hábitos da população e do ambiente em que ela se encontra. Na comunidade do Espinheiro, a hanseníase é a patologia mais freqüente e mais intrigante, ela também está no foco da mídia; recentemente, o jornal Diário de Pernambuco publicou uma reportagem sobre a hanseníase.

HANSENÍASE
A doença mais antiga da história ameaça as novas gerações do Brasil
Por Marcionila Teixeira e Silva Bressa
(baseado na reportagem publicada pelo Diário de Pernambuco, do dia 18/05/2008)

O texto que se segue serviu de apoio ao grupo 6 em seu trabalho de educação em saúde. A escolha deste tema para o desenvolvimento do trabalho deve-se ao fato de que dois casos do mal de Hansen ocorreram na nossa comunidade – União das Vilas – ambos em crianças. Uma de nossas famílias visitadas tinha como membro uma menina simpática de 5 anos, que, devido aos maus cuidados da mãe – sua responsável – vivia perambulando pelos becos. Nós a encontramos assim: com a calça folgada, arrumada pela ACS que nos acompanhou. Essa mesma agente de saúde foi quem desconfiou de uma mancha nas nádegas da garota enquanto lhe dava banho.
Notamos nesta reportagem que a realidade vista na comunidade assola o nosso país. Por isso, achamos importante desenvolver um resumo sistemático da mesma enfatizando o caráter de resolução do desafio através da atenção básica. Devemos salientar que a organização por tópicos e os títulos destes ficaram por nosso encargo. Recomendamos a todos lerem a reportagem.

1. Introdução
Ela age em silêncio. Atinge o corpo, fere a carne e marca a alma. Nasce na falta de informação e de saúde básica. Alimenta-se da vida que rouba, aos poucos, de suas vítimas. Atinge adultos e, cada vez mais, jovens e crianças. Escondem-se na vergonha do preconceito. Ela é uma doença e também um nome. Palavra, carregada de estigmas, que corta como navalha. Mas é preciso lutar contra ela. Informar e desmistificar. Tirar os doentes do escuros dos seus quartos. Contar suas histórias. Ir além das estatísticas que, por sinal, são muito ruins. Dizer seu nome com coragem e sem preconceito: hanseníase.

2. A História
A Bíblia revela que, antes de Cristo, a hanseníase já era considerada uma praga. Os doentes eram isolados, as roupas queimadas e eles rotulados de “imundos”. O temor de pegar a lepra era ainda maior do que nos dias de hoje. Era interpretada como castigo divino ao vil pecador ou um teste para avaliar a fé e a resignação das pessoas de bem. Uma iluminura catalã do século 14 mostra imagem de Jô supostamente atingido pelo mal de Hansen, além da referência ao “mal de Lázaro”.
Acredita-se que a doença chegou ao Brasil com os portugueses em 1496. Os primeiros casos ocorreram no Rio de Janeiro (RJ), em Salvador (BA) e Recife (PE). Em 1740, o rei de Portugal, Dom João V, criou o primeiro plano para conter a hansen em terras brasileiras.
Em 1958, os cientistas chegaram à conclusão de que a doença não era hereditária e poderia ser curada com antibiótico. O médico Adolfo Lutz foi o pai dos estudos em medicina tropical no Brasil. Em 1962, deu-se oficialmente a extinção do isolamento dos doentes. Contudo, este persistiu desde a década de 20 até 1986, quando as colônias onde eram confinados os pacientes foram transformadas em hospitais gerais, cujos muros foram derrubados e os portões abertos.
Em 1976, o país tornou-se o único do mundo a usar o nome hanseníase em vez de lepra, em homenagem ao médico norueguês que descobriu o micróbio, Gerhard Hansen.
Em 1982, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a usar a poliquimioterapia no tratamento da patologia.

3. A Geografia
O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking geral de casos descobertos anualmente. Só perde para a Índia, país asiático com densidade populacional 15 vezes maior e duas vezes mais pobre. E até a Índia cumpriu a meta definida pela OMS para eliminação da hanseníase, reduzindo as taxas à média aceitável de um caso por 10 mil habitantes. Das 193 nações do globo, apenas o Brasil, o Nepal, Moçambique e o Congo não atingiram o preconizado.
Nas Américas, dentre os seis países com maior incidência em casos absolutos da doença – Brasil, Argentina, Paraguai, Colômbia, México e Cuba – o nosso país lidera disparado. Dos 47.612 casos novos encontrados nessas nações, 44.436 são nossos; dos 3.655 casos encontrados em menores de 15 anos, 3.513.
O Nordeste brasileiro é a região que soma o maior número de novos casos de hansen nos últimos 15 anos. Em 2006, data da última estatística, foram mais de 17 mil. Também está na primeira colocação quando se trata de casos novos absolutos entre menores de 15 anos – 1.618 em 3.625 do país.
Pernambuco é considerado hiperendêmico entre os menores de 15 anos e tem taxas muito altas, quase hiperendêmicas, no quadro geral dos pacientes de todas as idades. O Recife lidera o ranking das capitais com maior taxa de pacientes por residência e com maior número de absoluto de casos novos entre menores de 15 anos (12,8% dos casos de 2007). O município de Lagoa Grande (Sertão) tem a maior taxa de novos casos registrados por anos: média de 12 por grupo de 10 mil pessoas. Os índices são altos em municípios pobres e ricos, como Ipojuca – da praia de Porto de Galinhas.

4. O Conhecimento Biomédico
A) O que é hanseníase? É uma doença infecto-contagiosa de evolução lenta e restrita a seres humanos.
B) O que a causa? Um bacilo chamado Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. Existem duas formas da doença: a paubacilar (que possuem poucos tipos desse bacilo) e a multibacilar (a forma contagiante, na qual o paciente possui vários tipos do bacilo).
C) Qual o modo de contagio? Somente por uma pessoa infectada com a forma multibacilar que não esteja em tratamento. A infecção só acontece com contato longo e íntimo. O bacilo é transmitido pelas vias respiratórias (fluidos nasais ou boca). Aparece de dois a sete anos depois do contato com o doente. Não é uma doença hereditária.
D) Quais são os sintomas? Os dermatológicos são caracterizados por lesões cutâneas com diminuição ou ausência de sensibilidade dada por alterações nos ramos sensitivos cutâneos. A sensibilidade pode vir acompanhada de formigamento, como uma coceira. As principais lesões são manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, pápulas (lesões sólidas com elevação superficial e circunscrita de até 1 cm), infiltração (alteração na espessura da pele de forma difusa), tubérculos (lesões sólidas semelhantes a um caroço externo) e nódulos (lesões sólidas de forma palpável e visível).
Os neurológicos são decorrentes de processos inflamatórios dos nervos periféricos (neurite), manifestada em processos agudos acompanhados por dores e/ou espessamento dos nervos, diminuição e/ou perda da sensibilidade e redução ou perda de força pelos músculos inervados por ele. Os principais nervos atingidos são o trigêmeo e o facial (na face), o radial, o ulnar e o mediano (nos membros superiores), o fibular comum e o tibial posterior (nos membros inferiores).
E) Quais os danos físicos que a doença pode causar? O tratamento tardio pode provocar dormência, pele seca, fraqueza. O nariz entope, surgem formigamentos nas mãos e pés, ou inchaço nestes, no rosto e nas orelhas. A pele pode sofrem ferimentos ou queimaduras devido à perda da sensibilidade. Há casos em que homens ficaram estéreis. Entre as deformidades estão úlceras, mãos em garras, pé e mão caídos, sem força, atrofias musculares, reabsorção óssea e articulações rígidas.
F) Quanto ao tratamento e à cura. Em 1982, a OMS recomendou um novo tratamento quimioterápico, a poliquimioterapia (PQT). A PQT é simples, eficaz e barata, completamente custeada pelo governo, podendo ser gratuitamente administrada nos postos e centros de saúde e nas unidades de saúde da família (USF). As formas paubacilares podem ser tratadas em seis meses, enquanto as multibacilares, em um ano. Mas, se o tratamento acontecer tarde, a pessoa pode ter seqüelas mesmo que a infecção tenha sido curada.

5) A Humanização do Conhecimento
Adenilson Silva, 12 anos, oriundo da cidade do Amapá do Maranhão, chorava distante de sua terra, de seu futebol com os amigos, da sala de aula, do forró que aprendera a dançar. Fora para São Luís (MA) para distencionar os nervos. Maria Vitória, com 4 anos, de Belém do São Francisco(PE), foi infectada quando mal sabia andar. Três crianças em Paulista (PE), um garoto de 9 e duas meninas de 15 e 12 anos, escondem o segredo da doença por temerem passar por preconceito igual ao vivido pela prima de 12 anos, que mudou de colégio após ser alvo de xingamentos.
A hanseníase não é uma doença da infância. É de adulto jovem. Pelas características e pelo tempo de incubação (estudos mostram que dura de dois a sete anos). A contaminação depende de cada organismo. Notificações como as acima citadas devem servir para se intensificar os programas de prevenção e tratamento (NOTA: de atenção básica. Se não houver seqüelas, o tratamento pode ser feito em nível de USF, como foi dito acima). Os casos em crianças e adolescentes representam 8% do total de pacientes que contraíram a doença em 2006, ano da última pesquisa feita pelo Ministério da Saúde. Esses casos são preocupantes porque estão ligados a fatores sociais (NOTA: grifo nosso), que escapam do controle médico. Envolvem problemas sócio-econômicos e culturais, como a mudança de hábito. As crianças estão em contato com o bacilo mais precocemente. Há 20 anos , as mulheres não trabalhavam. Hoje, a criança vai para uma creche comunitária, onde está a população menos favorecida.
De acordo com o coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Moreira, a falta de campanhas nacionais com veiculação da TV, promovidas pelo Governo Federal dificulta a compreensão e a cura do mal, além de promover o preconceito. Moreira diz que não houve campanha em 2007 e que havia promessas de que ocorresse em maio deste ano. (NOTA: Como vimos não houve campanha até este início de junho).
“O preconceito não é somente falta de informação sobre algo. Também está ligado às informações erradas. O combate à doença precisa de um esforço maior não só no número de informações, mas na qualidade educativa delas. É preciso haver prioridade”, defende.


Neste contexto, o grupo 6 de APS 1 desenvolveu seu projeto de educação em saúde, utilizando fantoches no intuito de focalizar crianças e mães da União das Vilas. Ele foi discutido a aprovado pela equipe de profissionais de saúde da Unidade referida. Será efetuado no dia 12 de junho deste ano, na Unidade.


GRUPO 6

domingo, 8 de junho de 2008

Grupo de alunos da UPE realiza educação em saúde na comunidade do Córrego da Bica nos dias 8 e 15 de maio.








Visando à prática de ações educativas na área de saúde da mulher e do homem e sexualidade, compreendendo saúde através de um conceito amplo, que prevê qualidade de vida, ações que envolvem a construção do sentido de cidadania, na busca do equilíbrio físico, mental e espiritual em interação com o próprio corpo, prezando pela vivência livre da sexualidade em harmonia com a sociedade e com o meio ambiente, nós realizamos uma entrevista na rádio Monte Sinai da comunidade e uma semana após esse trabalho realizado uma conversa com cerca de 20 jovens e crianças à respeito da sexualidade.


Durante a manhã do dia 8, pudemos proporcionar a todos os ouvintes uma breve explicação sobre doenças sexualmente transmissíveis, enfocando a AIDS, sífilis, herpes e HPV. A rádio ficou aberta às ligações e conseqüente participação da população e muitas dúvidas foram respondidas. Já no dia 15, proporcionamos uma conversa com jovens e até mesmo crianças sobre sexualidade, durante a qual muitos temas surgiram desde a primeira vez até gravidez.


Devemos ter plena consciência da importância que o processo da educação tem para todos. A educação e o direito à saúde constituem direitos humanos e por isso devem ser respeitados. Estamos tratando, nada mais nada menos, do que de Direitos Humanos.


A conquista de uma assistência à saúde mais humanizada é um dos nossos desafios.


Taiana Alves 1M 2008.1